O meu solo também tem cultura

Desde que a arte se entende por arte as suas representações tem tido algum objetivo, seja uma crítica ou um mero vislumbre de trazer a beleza de algo que as pessoas não notam. No Brasil a produção cultural propriamente dita não é tão rica quanto as culturas que dividem e definem nossa identidade que se caracteriza por não ter identidade, mas vale destacar que desde sempre um dos polos de maior produção de cultura é no nosso Nordeste, em rimas com termos do povo conta histórias que podem parecer tão distantes da realidade, mas ao mesmo tempo estão tão próximas de nós.

O cordel ""Nordeste - Tu me contas teus passos e eu te canto em mil compassos."" de autoria da autora Maria da Graça Bergamini Gusmão, disponível no endereço http://www.pucrs.br/mj/poema-cordel-126.php tem em suas rimas a vivencia dos mais pobres, que são maioria em um país tão desigual e injusto, além de ressaltar todas a nossa culturas e suas diferenças. É importante notar o quanto essa cultura passa despercebida, mesmo que esse seja o verdadeiro retrato do Brasil. O cordel abaixo mostra um retrato que resume os poucos que colhem os frutos da agricultura e sustenta um retrato que é muito vendido pela mídia e governo.

O Cordel do Agro é um pequeno projeto do Roberto Rodrigues, importante personagem no cenário do agronegócio brasileiro. Em suas rimas apresenta um dos maiores exportadores do mundo, mas não cita a realidade em que essa grande produção age, se apega a transformar tudo em números quantitativos.... Imagino que a dúvida seja "Qual o objetivo desse post aleatório e tão pequeno?". O fato é que ao começar a escrever fica notável a falta de material crítico sobre o tema. E isso é um problema enorme por evidenciar o quanto não se nota os problemas que assolam boa parte da população. No fim a imagem vendida vai ser sempre a da produção como base para desenvolvimento,e a propagação desse pensamento facilita a marginalização de movimentos sociais e trabalhadores.

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