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Notícias e Atualidades

  • Honua
  • 28 de nov. de 2017
  • 9 min de leitura

Degradação do solo agrava seca no Espírito Santo e aumenta prejuízos no campo

Atualizado em 26/09/2016 07h14

A forma equivocada de plantio e manejo do solo adotada ao longo dos anos em boa parte do Espírito Santo tem transformado grandes áreas produtivas em solos inférteis.

Um estudo do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) aponta que o estado tem 393 mil hectares de solo degradado, o que equivale a 16,65% da área agrícola total. Ou seja, a cada seis hectares cultivados um deles está infértil.

A degradação do solo nas áreas agrícolas concentra-se em maior parte nas atividades de pastagens e de café, especialmente na região Noroeste, devido à fragilidade dos solos, elevada erosividade das chuvas e pouca cobertura vegetal. Do total da área degradada, 238 mil hectares correspondem a áreas cultivadas com pastagens e 118 mil hectares com café.

Segundo o órgão, a ocupação do solo para o desenvolvimento de atividades agrícolas ocorreu, historicamente, de forma predatória em relação aos recursos naturais, com desmatamento indiscriminado, sem o planejamento correto do uso das terras e sem a utilização de práticas de conservação adequadas. Esses fatores têm trazido uma série de consequências econômicas, sociais e ambientais ao produtor rural, ao setor público e a toda sociedade capixaba.

Entre elas, a redução da capacidade produtiva do solo, assoreamento de cursos d'água, irregularidade no fluxo dos rios e córregos e períodos de seca e enchentes com maior frequência, além de poluição física da água, destruição de estradas e outros bens públicos.

Nas lavouras de café, os principais problemas acontecem devido à erosão causada por práticas como excesso de capinas, plantios antigos com baixa densidade e pouco uso de práticas de conservação eficientes.

Nas áreas de pastagens, a degradação ocorre principalmente em função da compactação do solo provocada pela implantação incorreta da pastagem, pela ausência de correção do solo e do manejo inadequado no que diz respeito à alta taxa de lotação, com excessivo pastejo e pisoteio pelo gado.

Na avaliação de Mauro Rossoni Júnior, diretor técnico do Incaper, o momento de seca extrema atual deve ser pensado como oportunidade para construir uma nova proposta de conservação do solo no estado.

“Tem que haver um conhecimento mais aprofundado de como patrolar (nivelar) uma estrada rural e como construir caixas secas, por exemplo. Temos que trabalhar a conservação da água e dos solos rurais”, argumenta.

Para o diretor, essas técnicas mais eficazes não eram uma demanda do campo, mas agora passaram a ser, devido ao aumento - motivado pela seca – da preocupação com os recursos naturais.

“Antes se priorizava a extensão quantitativa, o volume de produção e de área. Hoje estamos passando para um trabalho qualitativo, que é a proposta de um produtor sustentável”.

Boas práticas de manejo do solo e da água incentivadas pelo Incaper - Implantação de caixas secas em carreadores e estradas vicinais para coletar a água da chuva e promover a recarga dos lençóis freáticos;

- Adequação e manejo dos sistemas de irrigação com otimização da água aplicada aos cultivos, visando ao uso racional dos recursos hídricos;

- Construção de pequenas barragens para armazenamento de água na propriedade; - Manejo de roçadas nas lavouras de forma a manter o solo coberto para redução do processo erosivo e melhoria da capacidade de retenção de água do solo;

- Manutenção e ampliação da cobertura florestal e recomendação de cultivo utilizando variedades tolerante à seca.

Benefícios trazidos pela recuperação e conservação dos solos - Aumento da produtividade e da área disponível para uso agrícola;

- Redução no custo de manutenção das estradas; - Maior período de disponibilidade de água nas épocas secas;

- Redução do assoreamento dos mananciais e cursos de água;

- Diminuição da intensidade e frequência de enchentes e secas; Erosão Um dos principais agentes de degradação do solo agrícola são as estradas mal construídas. Elas servem de foco inicial para a erosão que se espalha pela lavoura e termina com o assoreamento dos canais d'água e reservatórios.

Meta é ampliar cobertura florestal em 20% O Espírito Santo sofreu, principalmente a partir da década de 1950, um processo acelerado de desmatamento, o que fez com que restassem hoje menos de 14% de suas florestas. Para minimizar o impacto da devastação, o Incaper pretende atingir pelo menos 20% de cobertura florestal no estado, nos próximos anos - índice preconizado pela legislação federal.

“A degradação era forte porque a gente vinha de uma cultura de desmatar. A partir de um certo momento, começou-se a sentir na pele os efeitos disso. Hoje temos exemplos onde, mesmo diante da estiagem, quem preserva o solo tem água”, diz o diretor técnico do Incaper, Mauro Rossoni.

Munido dessas informações, o estado tem desenvolvido, por meio do Incaper, uma série de ações com o intuito de diminuir a área degradada. Um delas é a capacitação técnica de extensionistas e técnicos, por meio de incentivo à produção agropecuária com foco na sustentabilidade e nas inovações tecnológicas. Um curso de capacitação vai ser oferecido, a partir desta terça-feira (26), intitulado “Cafeicultura Sustentável: Manejo e conservação do solo e da água e alternativas para a convivência com a seca”.

Inicialmente vai atender os funcionários da entidade e demais profissionais da área pública que atuam com a agricultura.

Uma das técnicas ensinadas será a de manejo adequado das ervas nativas nas lavouras de café por meio da roçada, técnica que visa minimizar o processo de erosão e melhorar as características do solo.

Resultados de pesquisa do Incaper em áreas cultivadas com declividade média de 20% mostraram que a tecnologia reduziu as perdas de solo em até 70% e de água em até 55% nas lavouras.

fonte: http://g1.globo.com/espirito-santo/agronegocios/noticia/2016/09/degradacao-do-solo-agrava-seca-no-es-e-aumenta-prejuizos-no-campo.html

Cientistas buscam saída para frear degradação do solo no Nordeste

Atualizado em 24/11/2017

No dia 27 de novembro de 2017 um grupo de cientista se junta em Teresina para discutir a degradação do solo no Nordeste. Algo que tem grande impacto naquele meio, já que 181 mil Km2 (aproximadamente 20 % do semiárido nordestino), se encontram em processo de desertificação, representando um desafio para o aumento da produtividade e para a melhoria do uso de recursos naturais. Na maior parte dessas áreas predominam solos rasos e uma cobertura vegetal esparsa de caatinga. A discussão do tema se torna extremamente necessária para as pessoas que ali vivem e economia e demonstra uma necessidade cada vez maior de se manter o equilíbrio entre uso e impacto.


Fonte:http://www.agricultura.gov.br/noticias/cientistas-buscam-saida-para-frear-degradacao-do-solo-no-ne



Desmatamento custa mais de R$ 19 milhões no pantanal em Mato Grosso

Atualizado em 12/11/2017


O desmatamento do Pantanal tem um preço: mais de R$ 24 mil por hectare ao ano. Considerando que 18% da planície já foi desmatada - por conta da expansão de commodities, principalmente para produção extensiva de gado - o custo total é de R$ 19 milhões ao ano. “Isso é terrível porque estamos reduzindo a quantidade das populações animais e vegetais podendo haver um sério risco em extinções de espécies, com a perda da biodiversidade e ainda afetando processos que garantem a disponibilidade de água para as populações”, diz Júlio César Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil durante evento organizado pela ONG para comemorar o Dia do Pantanal 2017. “Nossa intenção foi levar um pouco das principais características do bioma a um público que ainda desconhece suas riquezas”, disse.

A doutora em Direitos Humanos e Meio Ambiente, Marli Deon Sette, assegurou que devem ser criados mecanismos para frear o corte de vegetação nativa: ‘é necessário deter o desmatamento no Pantanal por meio de mecanismos econômicos que inibam produções não amigáveis ambientalmente, como por exemplo a monocultura da soja -que degrada as terras pantaneiras - a construção de hidrelétricas e o uso de agrotóxicos’.

Para Marli, o Brasil também precisa criar mecanismos para remunerar os proprietários que preservem as riquezas naturais. “Temos que demonstrar que é economicamente mais vantajoso para os proprietários das terras manter a mata do que retirá-la. Um desses mecanismos deveria ser o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), bem como incentivar o uso inteligente do Pantanal com práticas como a pecuária tradicional, agricultura familiar não mecanizada e o turismo ecológico e rural”.

O coordenador do WWF-Brasil corrobora a teoria de Marli. “O Pantanal fornece aproximadamente R$ 560 bilhões ao ano em serviços ambientais para todo o planeta. Isso seria o que o bioma provê de água, solos produtivos, ar de qualidade, diversidade de peixes, regulação do clima para o globo”, afirmou. “Esse valor econômico do Pantanal não é considerado nas análises de viabilidade de grandes projetos de infraestrutura como, por exemplo, hidrovias e Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs) que podem causar impactos ainda não compreendidos a todo o ecossistema”.

Segundo Marli Sette, é urgente que haja uma legislação federal que proteja o Pantanal. “Hoje temos convenções, tratados, tratamento constitucional diferenciado, mas não temos lei nacional específica. O PL750, que tramita no Congresso desde 2011, ainda precisa de vários ajustes para que finalmente, ao ser aprovado, proteja o Pantanal. O PL deve, por exemplo, ser ajustado para conter o uso indiscriminado de agrotóxicos, a construção de hidrelétricas, conter a monocultura da soja e a falta de proteção expressa dos corixos, capões e brejos”, afirmou.

Na ocasião, o professor José Sabino,da Universidade Anhanguera de Mato Grosso do Sul (Uniderp) abordou o risco da implantação das PCHs no Pantanal: “Na Bacia do Alto Paraguai há planejamento de se construir perto de 115 PCHs. Isoladamente elas causam pouco impacto, mas em conjunto podem criar um impacto sem precedentes à hidrodinâmica do pulso de inundação do Pantanal, vital para os ciclos naturais da planície pantaneira”. Sabino também falou sobre a importância da construção do aquário do pantanal, cujas obras estão paralisadas desde o início de 2015.

“É uma pena porque seria um equipamento de lazer, turismo, educação e pesquisa, além de gerar divisas -estimativas chegam a falar de R$ 100 milhões/ano oriundas de 300 mil visitantes/ano - e ser um efetivo instrumento de divulgação e proteção dos peixes do Pantanal”, disse.

O especialista em mudanças climáticas da Embrapa Pantanal, Iván Bergier, disse que as chuvas estão ficando cada vez mais extremas na região. “Chove mais em menos dias desde pelo menos 1926 até 2016. Isso pode ter relação com o aumento de temperatura do planeta induzida pela emissão antrópica de gases estufa”, afirmou. Segundo Bergier, chuvas extremas podem acelerar processos naturais de formação de arrombados e de avulsão, como o do Rio Taquari.

Para o pesquisador da Embrapa, há forte relação entre o desmatamento da Amazônia e a conservação do Pantanal. “Se se o desmatamento da Amazônia superar um certo nível crítico, é possível que as chuvas de verão no Pantanal se tornem mais escassas e ao mesmo tempo mais extremas, e isso sim pode acarretar em risco hídrico para o Pantanal no médio e longo prazos. Portanto a conservação da Amazônia é fundamental para manter a segurança hídrica do Pantanal, ou seja, a disponibilidade de água para o Pantanal e, de certa forma, para toda América do Sul”.

Durante o evento, que aconteceu no dia 08 de novembro, em São Paulo, especialistas em conservação ambiental falaram sobre turismo, conservação da fauna e da flora, economia, cultura pantaneira. O público pôde ouvir canções típicas do Pantanal da voz da cuiabana Ana Rafaela e ainda saborear comidas típicas elaboradas pela chef Ariani Malouf. Mônica Sousa, diretora executiva da Maurício de Sousa Produções, esteve presente para lançar o gibi inédito Chico Bento vai ao Pantanal, com o propósito de levar ao leitor uma interação mais divertida porem recheada de informações sobre o Pantanal.

Entender que existe uma relação estreita entre desmatamento e perda de solo é importante para o combate a prática.


Fonte:http://www.sonoticias.com.br/noticia/geral/desmatamento-custa-mais-de-r-19-milhoes-no-pantanal-em-mato-grosso


Trocar pastagem por cultivo de cana-de-açúcar não piora o solo

Atualizado em 14/09/2017

A conversão de áreas de pastagem em áreas de cultivo de cana-de-açúcar, diferentemente do que se pensava, não resulta necessariamente em agravamento na degradação do solo. Esse é o resultado de um estudo desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. “O processo de conversão pode, inclusive, melhorar a qualidade do solo quando a cultura for bem manejada”, aponta Maurício Roberto Cherubin, autor do trabalho que acaba de receber menção honrosa no Prêmio Tese Destaque USP 2017.

Os resultados mostraram que a expansão de áreas de cana-de-açúcar sobre áreas atualmente ocupadas por pastagem extensivas se configura como uma estratégia sustentável sob o posto de vista de qualidade do solo e poderá atender a crescente demanda por biocombustíveis. “Acreditamos que esta tese servirá de base científica para guiar práticas de manejo que melhorem a qualidade do solo e políticas públicas voltadas à conservação do solo e consequentemente à sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar no Brasil”.

Estudos como o citado acima são muito importantes para desmistificar o pensamento comum e trazer um pouco das possibilidades para uma melhora no futuro e diminuição do nosso impacto aliada a produção para lidar com as demandas da sociedade.


Fonte:http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-agrarias/trocar-pastagem-por-cultivo-de-cana-de-acucar-nao-piora-o-solo/


Uso excessivo de agrotóxicos aumenta resistência de pragas

Atualizado em 05/02/2017

Dos US$ 54,6 bilhões vendidos em agrotóxicos no mundo, o Brasil é responsavel pelo consumo de US$ 9,6 bilhões. Esse uso descontrolado de agrotoxicos tem como efeito o aumento de resistência de pragas. O processo funciona da seguinte maneira: vamos supor que em uma lavoura de soja, exista uma infestação de percevejos. Mas existem entre eles, alguns que são diferentes. Eles têm, lá no seu DNA, o gene da resistência. Esses, vão sobreviver. Depois de várias e várias pulverizações e com a reprodução desses insetos, aqueles percevejos que eram diferentes, passam a ser maioria e aí o produto não vai mais funcionar. O uso descontrolado de agrotoxicos tem sido problema no Brasil, cabe ao Estado fiscalizar esse avanço. Essa informação mostra o quão grande é o descontrole sobre uso de agrotóxicos, algo que tem grande impacto sobre o solo e o destrói.


Fonte:http://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2017/02/uso-excessivo-de-agrotoxicos-aumenta-resistencia-de-pragas.html


 
 
 

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