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Decorrência da má utilização do solo na agricultura

  • Honua
  • 28 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Dados da FAO apontam que cerca de 33% das terras têm alto ou médio grau de desgaste.

A crescente degradação dos solos vem preocupando. De acordo com o Global Soil Forum, estima-se que, nos últimos 50 anos, a quantidade de terra agricultável per capita diminuiu cerca de 50% no mundo. Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que cerca de 33% das terras têm alto ou médio grau de degradação. Dada a importância do tema, a FAO escolheu 2015 para ser o Ano Mundial do Solo.


A destruição de solos férteis é um dos mais graves problemas a serem enfrentados pela maioria dos países. Assim como o efeito estufa, a poluição dos oceanos e a diminuição dos recursos hídricos, o desaparecimento de solos agricultáveis é mais um fator de preocupação com relação ao futuro da humanidade.

Atualmente cerca de 38% das terras do planeta são usadas para atividades agrícolas. No entanto, em grande parte dos países, a agricultura tem sido feita de maneira insustentável, sem levar em conta o impacto da atividade sobre o meio ambiente e os demais recursos naturais, principalmente o solo. Assim, por exemplo, a falta de técnicas de combate à erosão, como o plantio em terraços, faz com que a chuva arraste parte da terra fértil, encharcada de adubos e defensivos agrícolas, para a parte mais baixa do terreno e dali para os riachos e córregos.

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) a degradação do solo é definida como uma mudança na saúde da terra, com a diminuição da capacidade dos ecossistemas que se desenvolvem sobre este solo, de fornecerem bens e serviços. Esta mudança não se limita à disponibilidade de água; inclui presença ou não de microrganismos endógenos, composição balanceada de minerais e de matéria orgânica, acidez e aeração correta, entre outros fatores.


imagem ilustrativa


Os 4 principais fatores que acabam por prejudicar o solo na produção agrícola:


1 – Erosão


No que se refere às ações da natureza, as chuvas são o principal agente causador da erosão. O ser humano também tem papel importante no processo com os desmatamentos. Ao retirar a cobertura vegetal de uma área, ela perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar, o que pode causar instabilidade do solo e erosão.


2 – Salinização


A concentração progressiva de sais pode ser causada pelo péssimo manejo da irrigação em regiões áridas e semi-áridas. A baixa eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente nessas áreas contribuem para a aceleração do processo de salinização, tornando-as improdutivas em curto espaço de tempo.


3 – Compactação


É um processo decorrente da manipulação intensiva, quando o solo perde sua porosidade pelo adensamento de suas

partículas. Na agricultura, a compactação do solo se dá pela influência de máquinas agrícolas, tais como tratores e colheitadeiras, como também pelo pisoteio de animais, como o gado. A compactação é danosa para a produção agrícola, pois influencia negativamente o crescimento de raízes, fazendo com que a planta tenha problemas em seu desenvolvimento. Ela também diminui a movimentação da água pelo solo, criando uma camada muito densa onde a água não se infiltra, ocasionando excesso de líquido nas camadas superficiais, podendo provocar erosão.


4 – Poluição química


Na produção agropecuária, a contaminação química é mais evidente em razão da utilização de insumos agrícolas como fertilizantes, inseticidas e herbicidas. O uso de substâncias químicas no campo se difundiu a partir dos anos 60, com objetivo de alcançar uma produção de melhor qualidade e assim obter uma boa aceitação no mercado. A contaminação ocorre no solo e nas águas. Quando os fertilizantes e os agrotóxicos são conduzidos pelas águas da chuva, uma parte penetra no solo, que atinge o lençol freático e contamina o aquífero; a outra parte é levada pela enxurrada até os mananciais, como os córregos, rios e lagos que se encontram nas partes mais baixas do relevo.

Uma das maiores preocupações da FAO é manter a produtividade dos solos, para que no futuro não ocorra uma queda na produção de alimentos. Desflorestamento, formação excessiva de pastos, técnicas agrícolas ultrapassadas, são os maiores responsáveis pela perda de solos férteis no Brasil. Num mundo que em 40 anos perdeu 30% de seus solos aráveis, nosso país ainda está em posição privilegiada, mas precisa aumentar os cuidados com a manutenção desse patrimônio natural. Fertilidade é um presente da natureza, que para ser recuperado demanda muito tempo e recursos.

fonte: https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/a-ameaca-da-degradacao-dos-solos-por-ricardo-e-rose/20161108-083621-q036


 
 
 

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